quinta-feira, novembro 21, 2024
Festa de Purim
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COMEMORAÇÕES BÍBLICAS PERPÉTUAS: A festa de PURIM

PURIM é uma festa bíblica perpétua, que no ano de 2022, tem início no pôr do sol do dia 16 de março e termina no anoitecer do dia 17 de março

Para os cristãos a festa de Purim tem um significado espiritual, de luta contra forças espirituais que tentam se opor aos filhos do eterno para matar o destino e propósito de cada um. 

A festa de PURIM está definida no Livro de Ester, a partir do capítulo 9 e versículo 22. A comemoração é perpétua e é a festa mais alegre da Bíblia. Ela celebra a salvação dos Judeus do plano malígno de Hamã.

Hamã elaborou esse plano porque tinha raiva de Mardoqueu, primo de Esther, que não se curvava perante ele, e sempre respondia que era Judeu quando o perguntavam porque ele não se curvava diante de Hamã.

O objetivo do plano de Hamã era destruir todo o povo judeu, em um só dia, e foi desbaratado graças a interferência da Rainha Esther diante do Rei Xerxes.

Túmulo de Esther e Mardoqueu no Irã

A descendência de Hamã

Hamã era filho de um descendente do rei Agague (Et 3:1), do povo de amaleque. 

A maioria dos estudiosos entende que os amalequitas eram os descendentes de Amaleque, neto de Esaú. 

RAÍZES DO CONFLITO: Esaú e a bênção da primogenitura

Esaú, por sua vez, vendeu sua primogenitura, e foi traído por sua mãe Rebeca e seu irmão Jacó.

Porém, Deus havia dito a Rebeca, mãe de Esaú e Jacó: Respondeu-lhe o Senhor: Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um povo será mais forte do que o outro povo, e o mais velho servirá ao mais moço. Gn 25:23

Jacó enganou seu pai Isaque, se passando por Esaú, e recebeu a bênção da primogenitura no lugar dele, gerando posteriormente as 12 tribos de Israel.

Deus havia condenado os amalequitas ao extermínio

Deus havia ordenado o extermínio total dos amalequitas e dos bens deles, proibindo pegar os despojos (anátema), através do profeta Samuel (1 Sm 15).

Contudo, Saul desobedeceu a ordem divina, poupou o Rei Agague e trouxe os despojos, o gado daquele povo. (1 Sm 15) A desobediência de Saul lhe custou a confirmação do trono, e fez com que Deus não respondesse mais a ele.

Samuel despedaça Agague

Depois de confrontar a desobediência de Saul, Samuel mandou trazer Agague e o despedaçou com sua espada, externando a ira de Deus sobre aquele rei e sua motivação em destruir aquele povo, mas concluímos que alguns familiares do rei Agague conseguiram fugir, e Hamã foi descendente de um deles.

32 Então, disse Samuel: Trazei-me aqui Agague, rei dos amalequitas. E Agague veio a ele animosamente; e disse Agague: Na verdade, já passou a amargura da morte. 33 Disse, porém, Samuel: Assim como a tua espada desfilhou as mulheres, assim ficará desfilhada a tua mãe entre as mulheres. Então, Samuel despedaçou Agague perante o Senhor, em Gilgal.

O primeiro das nações

Balaão falou do povo de Amaleque como “o primeiro das nações” (Números 24:20). Alguns intérpretes acreditam que ao dizer isso ele estava se referindo ao pioneirismo daquele povo naquela região. Outros defendem que ele estava se referindo ao fato de que o povo de Amaleque foi o primeiro a atacar os israelitas após sua saída do Egito.

A princípio, o plano de Hamã (Et 3:1) tinha o objetivo de matar todos os Judeus em um só dia, através de um decreto emitido pelo rei.

O decreto real

Segundo o livro de Esther, no capítulo 3, versículos 7 e 8: Hamã consulta o deus pur, jogando dados para escolher o melhor dia para executar o plano. Então, Hamã vai até a presença do rei para convencê-lo do massacre, alegando que existia um povo que seguia leis diferentes, os quais não obedeciam suas ordens, e lhe falou que não tolerasse que eles continuassem agindo daquela maneira, porém não disse qual era esse povo.

12 Assim, no décimo terceiro dia do primeiro mês os secretários do rei foram convocados. Hamã ordenou que escrevessem cartas na língua e na escrita de cada povo aos sátrapas do rei, aos governadores das várias províncias e aos chefes de cada povo. Tudo foi escrito em nome do rei Xerxes e selado com o seu anel. 13 As cartas foram enviadas por mensageiros a todas as províncias do império com a ordem de exterminar e aniquilar completamente todos os judeus, jovens e idosos, mulheres e crianças, num único dia, o décimo terceiro dia do décimo segundo mês, o mês de adar, e de saquear os seus bens. 14 Uma cópia do decreto deveria ser publicada como lei em cada província e levada ao conhecimento do povo de cada nação, a fim de que estivessem prontos para aquele dia. 15 Por ordem do rei, os mensageiros saíram às pressas, e o decreto foi publicado na cidadela de Susã. O rei e Hamã assentaram-se para beber, mas a cidade de Susã estava em confusão.

Hamã é enforcado na forca que prepara para Mardoqueu

Após a Rainha Esther denunciar ao Rei, que o edito real proclamado por Hamã em seu nome, era destinado à matança dos Judeus, o povo ao qual ela pertencia, o rei ficou furioso, e ordenou a morte de Hamã.

Finalmente, Hamã foi morto na forca que ele mesmo havia construído, ela tinha 20 metros de altura, e a princípio foi construída para enforcar Mardoqueu, tio de Esther, que havia salvado o rei. (Esther 6)

Aconteceu, no entanto, que naquela mesma noite o rei teve uma insónia e, como não conseguia dormir, mandou vir as crónicas do reino. 2 Leram-lhe a passagem que relata como Mardoqueu denunciou a conspiração de Bigtã e Teres, os dois eunucos do rei que controlavam as entradas no palácio e que tinham conspirado para assassinar o soberano. (Esther 6)

Costumes da festa de Purim

Os quatro principais mandamentos do dia são:

  • Ouvir à leitura pública, geralmente na sinagoga, do Livro de Ester de noite e novamente na manhã seguinte (kriat meguilá)
  • Mandar presentes de comida para amigos (mishloach manot)
  • Dar caridade aos pobres (matanot le’evionim)
  • Comer uma refeição festiva (seudá)
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