Polícia Federal rebate Moro e diz que não é trampolim para projetos políticos
Polícia Federal rebate Moro em nota e diz que não deve ser usada para projetos eleitoreiros
A Polícia Federal rebateu hoje (15/02 ) as falas de Sérgio Moro no programa da Jovem Pan.
Na nota, a corporação repudia a afirmação de que não tem autonomia e afirma não ser “trampolim para projetos eleitorais”.
Leia a íntegra da nota:
“Em entrevista na segunda-feira (14/02) à Jovem Pan, o ex-ministro Sergio Moro fez descabidos ataques à Polícia Federal. A bem da verdade, consideramos importante esclarecer:
Moro mente quando diz que ‘hoje não tem ninguém no Brasil sendo investigado e preso por grande corrupção’. A Polícia Federal efetuou mais de mil prisões, apenas por crimes de corrupção, nos últimos três anos.
Neste mesmo período, a PF realizou 1.728 operações contra esse tipo de crime. Somente em 2020, foram deflagradas 654 ações — maior índice dos últimos quatro anos.
Moro também faz ilações ao afirmar que ‘esse é o resultado de quantos superintendentes eles afastaram e que estavam fazendo o trabalho deles’.
O ex-ministro não aponta qual fato ou crime tenha conhecimento e que a PF estaria se omitindo a investigar. Tampouco qual inquérito policial em andamento tenha sido alvo de ingerência política ou da administração.
Vale ressaltar que a Polícia Federal vai muito além da repressão aos crimes de corrupção. Em 2021, bateu recorde de operações. No total, foram quase dez mil ações, aumento de 34% em relação ao ano anterior.
O ex-juiz confunde, de forma deliberada, as funções da PF. O papel da corporação não é produzir espetáculos. O dever da Polícia é conduzir investigações, desconectadas de interesses político-partidários.
Moro desconhece a Polícia Federal e negou conhecê-la quando teve a chance. Enquanto ministro da Justiça não participou dos principais debates que envolviam assuntos de interesse da PF e de seus servidores.
Com o intuito de preservar a imagem de umas das mais respeitadas e confiáveis instituições brasileiras, a Polícia Federal repudia a afirmação feita pelo pré-candidato Moro de que a corporação não tem autonomia.
Por fim, a PF — instituição de Estado — mantém-se firme no combate ao crime organizado, à corrupção e não deve ser usada como trampolim para projetos eleitorais.”