FIEG: João Campos vê avanços significativos, mas defende correções de rumo na Reforma Trabalhista

Penúltimo candidato ao Senado a participar da sabatina da Fieg e Fecomércio, João Campos, do Republicanos, abriu seu discurso defendendo pautas de valores, de base conservadora. O parlamentar se definiu como “cristão, com formação política e acadêmica, temente a Deus” e que se considera preparado para representar Goiás no Congresso.

No primeiro ponto abordado na sabatina, a Reforma Trabalhista, João Campos disse que houve avanços significativos, mas é preciso ainda correções pontuais. “Penso que essa é a grande queixa do setor produtivo. Num governo socialista, não tivemos como avançar com uma relação saudável, mas no atual governo, nós conseguimos destravar, e acredito que atendeu de forma razoável à expectativa dos empresários”.

O parlamentar acredita no diálogo como principal ferramenta para avançar, seja nas reformas, seja nas relações de trabalho. “Eu tenho humildade para reconhecer que é necessário ouvir, aprender. A capacidade de ouvir os diversos atores é que nos fará encontrar o caminho mais razoável possível dentro do Senado”.  

Sobre qualificação profissional, um dos gargalos do setor produtivo, João Campos afirmou que, apesar de não ser um empreendedor, sabe que é um tema sensível e que aflige muita gente. “Nós temos muita gente desempregada e uma oferta razoável de empregos. O emprego existe, o que falta são pessoas capacitadas.” E ampliou o debate ao reconhecer o papel do Sistema S, que segundo ele, realiza um papel complementar ao do governo.

O parlamentar ressaltou a importância do Sistema S e os resultados entregues. “Eu sei da qualidade dos cursos oferecidos, da gestão de recursos. O Sistema S tem que ser prestigiado e mantido na forma atual de financiamento”. 

Ao falar sobre reforma administrativa, o candidato acredita que sempre é complexo. “Quase todas as reformas dependem de alteração constitucional. Não é fácil fazer. Qualquer reforma tem mais possibilidade de ser aprovada nos primeiros anos de governo. Depois disso, a dificuldade aumenta substancialmente.”

Sobre infraestrutura, o candidato disse que o  modelo desenvolvido no governo Bolsonaro, por meio do ex-ministro Tarcísio de Freitas, é o que precisa continuar.  “O que o Brasil conseguiu na área de infraestrutura é de um significado incomparável. Claro que não foi feito tudo ainda. No governo Bolsonaro, aconteceram as licitações os contratos, portanto, nesse final de governo se iniciam as obras. Os brasileiros só vão conhecer o resultado após oito anos com a execução de obras. O modelo é esse sem nenhum reparo.”  

João Campos ainda se manifestou integralmente favorável aos fundos constitucionais e às políticas de incentivos fiscais. “Os incentivos não são apenas convenientes, são necessários.”