Assistir de camarote ou entrar em cena?

Cuidado com o Eu FINGIDO

2 carinhas estão dentro de você.

Temos uma identidade verdadeira, podemos dizer que seja a nossa essência, nosso Eu verdadeiro e também temos uma identidade fingida, ou também pode ser um Eu fingido.

Aquilo que chamamos de verdade, de identidade verdadeira podemos classificar como essência Divina, porém, temos uma parte que fica escondida, que podemos chamar de Eu fingido. Nosso verdadeiro Eu fica escondido, por conta dos nossos medos, e assim quem realmente somos não é manifestado em verdade.

Devido aos nossos medos, traumas, inseguranças, utilizamos de maneira repetida nossa identidade fingida, que cada vez vai ficando mais forte e enraizada em nós. A uma tendência de nos afastarmos do nosso Eu verdadeiro, por nos sentirmos inseguros, temos vergonha e queremos a todo custo esconder dos outros quem realmente somos, o que pensamos e sentimos e até nossa forma de se comportar é moldada as expectativas externas.

Dessa forma as máscaras começam a serem construídas, entendemos que precisamos nos defender. E assim para suportar os desafios, os medos, traumas, a falta de afeto e amor criamos um personagem… Acreditamos nesse personagem e o Eu verdadeiro vai ficando invisível, desaparece.

Vamos colocando a vestimenta do Eu fingido tantas e tantas vezes que nos acostumamos com ela, e acreditamos que realmente somos essa roupa, ficamos acostumados com ela, ela nos dá uma falsa segurança e felicidade. E quanto temos um minuto de consciência trocamos de roupa, porém, o desconforto aparece, o medo toma conta, ficamos muito desconfortáveis e voltamos correndo para pegar nossas roupas velhas e sujas e vestir novamente, um alivio toma conta e dizemos: agora estou confortável, Graças a Deus. Que tolice.

E por medo de mostrar nossa fragilidade, nossas fraquezas para as pessoas, FINGIMOS, ser aquilo que não somos. Dessa forma, corremos um grande risco de ficarmos somente assistindo a vida passar e nos colocando no papel de vítimas dizendo em silêncio: Ó céus….  Ó terra…. Ó mar…. Mundo injusto, tudo dá errado para mim.

   Como lidar com essa situação

Você precisa encarar esse personagem, esse eu fingido, você não deve fugir dele, ela vai onde você for, não há lugar para se esconder dele, ele está dentro de você, nesse exato momento em que você lê esse texto.

Sua essência, seu Eu verdadeiro só irá se manifestar se suas dores, traumas, medos forem visitados por você. É preciso mergulhar de cabeça para dentro de você, visitar a sua criança ferida que está lhe chamando, necessitando de um abraço, um afago… É necessário fazer as pazes com ela, com seu passado e como consequência você poderá libertar seu Eu verdadeiro, colocar roupas novas, ser o autor da sua história. Só você pode fazer isso. 

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Glauco Castelli

Glauco Tagliari Castelli é psicólogo e atende online e presencialmente em Brasília, DF, Whatsapp